As emergências médicas com crianças acontecem sempre quando menos esperamos: um braço quebrado, um corte um pouco mais profundo e uma febre repentina são sempre um mal sinal.
Mas na maioria das vezes são os pais que sofrem mais do que os filhos. Por isso, é muito importante que você, papai ou mamãe, saiba quando seu filho deve ser levado a um pronto-socorro.
Crianças e os riscos de contaminação no pronto-socorro
Na maioria das vezes, os pais levam as crianças ao pronto-socorro para conseguir uma solução imediata. Porém, os pais não se lembram que o ambiente hospitalar pode oferecer perigos piores do que a situação atual da criança.
O ambiente hospitalar oferece o risco de contaminação de vírus, bactérias e parasitas. A contaminação pode ocorrer pelo contato com outros pacientes ou com os próprios profissionais que se contaminaram, e até mesmo pela superfície de objetos e equipamentos hospitalares.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, 75% dos pacientes que recorrem ao pronto-socorro não tinham a real necessidade de ir até lá. O que significa que 75% dos pacientes são expostos a riscos de contaminação sem necessidade.
Acompanhamento pediátrico
O ideal seria que, durante a fase de crescimento e desenvolvimento infantil, a criança possa passar por consultas regulares com o mesmo médico pediatra. Assim, o profissional da saúde poderia se familiarizar com a criança e criar um parâmetro de análise da saúde.
Por exemplo, se uma criança que já possui um histórico de resistência à dor começa a reclamar e a chorar de dor abdominal, o médico pediatra que já a conhece poderá identificar que os sintomas estão severos – o que pode auxiliá-lo no diagnóstico.
Quando ir ao pronto-socorro?
Exatamente como o nome sugere, você deve ir ao pronto-socorro quando a sua criança estiver em estado de urgência ou emergência – com risco eminente de vida. Os casos que realmente devem ser atendidos pelo pronto-socorro são acidentes com fraturas, derrames, apendicite, suspeita de infartos e situações similares.
Mas como dito anteriormente, os pais acabam por sofrer mais do que os filhos, pois as preocupações o levam a ficar assustados, preocupados e apreensivos. Dessa forma, é importante que os responsáveis pela criança saibam reconhecer o que são e o que não são situações de urgência e emergência.
Febre: durante o estado febril, é importante que os responsáveis se atentem à temperatura e à duração da febre. Geralmente, o tratamento para a febre é realizado em casa com medicamentos antitérmicos. Caso o estado febril se prolongue por mais de 72 horas, a criança precisará ser encaminhada para o pronto-socorro.
É importante ressaltar que, mesmo que a febre abaixe após a medicação, se a criança continua apresentando sinais de desânimo, falta de energia e apatia, é necessário levá-la para tratamento médico.
Reações alérgicas
Durante a infância, nem todas as alergias são identificadas. Em razão disso, não é tão incomum que uma criança sofra reações alérgicas inesperadamente após ingerir um doce ou comida até então desconhecida.
É indispensável que em momentos de reações alimentares alérgicas a criança seja encaminhada para o pronto-socorro, pois há o grande risco de ela sofrer um ataque anafilático.
Tombos e quedas
Qual criança nunca se machucou ao correr e brincar, não é mesmo?! Mas antes de se desesperar, é importante que o responsável observe a extensão do machucado, se há uma sensibilidade inesperada no local, se apresenta sinais de quebra de ossos ou se a criança apresenta sinais de confusão mental. Se qualquer sinal fora do esperado for percebido, é necessário que haja o encaminhamento para o pronto-socorro.